Questionário sobre o Negrinho do Pastoreio



 O NEGRINHO DO PASTOREIO
                 Lenda gaúcha

         1. No tempo da escravidão havia um estancieiro (fazendeiro) muito rico, que criava bois e cavalos.

2.  Ele era muito mau e gostava apenas de seu filho, também maldoso, e de um cavalo baio, muito veloz.

3. Entre seus escravos havia um menino muito obediente e trabalhador, a quem ninguém havia se dado o trabalho de dar um nome, sendo chamado de Negrinho.

4. O Negrinho montava muito bem, e era encarregado de pastorear os cavalos.

5. O estancieiro foi, um dia, desafiado para uma corrida de cavalos por um vizinho. O prêmio seria 1.000 moedas de ouro. O estancieiro queria toda a fortuna para si. Já o vizinho iria repartir tudo com os pobres.

 6. O escolhido obviamente foi o baio, que seria montado pelo Negrinho. Os dois cavalos eram excelentes corredores, mas, no dia da corrida, sabendo que corria por sua vida, o Negrinho conseguiu impor uma certa vantagem. Quase ao término da corrida, com o baio na frente, este se assusta e empina, perdendo a corrida.

 7. Ao voltarem à fazenda, o estancieiro disse ao Negrinho que este passaria trinta dias e trinta noites pastoreando o cavalo baio e outros trinta cavalos, mas, antes de deixá-lo ir, chicoteou-o até se cansar.

8. O pequeno escravo, louco de dor, levou os cavalos para o pastoreio e amarrou o baio. Não agüentando de dor e cansaço, adormeceu. Algumas corujas que voejavam em torno assustaram os cavalos, que fugiram.

9. O Negrinho acordou, mas devido à cerração (neblina) não conseguiu encontrá-los. O filho do estancieiro, que gostava de maltratar o menino, viu tudo e foi contar a seu pai.

10.  O Negrinho foi novamente chicoteado sem piedade, e lhe foi ordenado que voltasse para procurar os cavalos. Voltou para o pastoreio, mancando e sangrando, levando um toco de vela. Cada pingo de cera que caía, transformava-se numa luz tão brilhante, que logo tudo ficou tão iluminado que parecia dia, tornando-se fácil reunir os cavalos.

11. De madrugada, o filho do estancieiro, que ainda não estava satisfeito com suas maldades, soltou e espantou o cavalo baio, indo contar a seu pai que o Negrinho tinha adormecido novamente e deixado os cavalos escapar.

12. O estancieiro deu-lhe a terceira surra de chicote, até deixar o menino como morto. Mandou jogá-lo sobre um formigueiro, para não ter que mandar enterrá-lo. O corpinho foi imediatamente atacado pelas formigas, para regozijo do filho do estancieiro.


13. Na manhã seguinte, quando o estancieiro voltou ao formigueiro, levou um imenso susto!! O menino estava de pé, todo risonho, perto do cavalo baio e dos outros trinta cavalos. Enquanto o estancieiro olhava, o Negrinho montou no baio e partiu acompanhado dos outros cavalos, em uma nuvem de poeira dourada, e dizem que muitos já o viram passar dessa maneira.... Ele some apenas três dias por ano, para visitar o formigueiro, pois as formigas tornaram-se suas amigas. Até hoje, quando se perde alguma coisa, basta chamar pelo Negrinho do Pastoreio, que ele consegue encontrar.... 

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